A hora de Fênix
Um dia, o dia parou
A luz virou trevas
A terra secou
As folhas caíram
O frio surgiu
O fiorellino murchou
Fez-se inverno, tudo dormiu
Fez-se fardo, tudo pesou
Fez-se dor, tudo tremeu
O andar, que era fácil, ficou triste
O olhar, que era calmo, se fechou
O sentir, que era puro, se turvou
O sorrir, que era simples, nao existe
A certeza, que era firme, virou sorte
A estrada...leste, oeste, sul ou norte
A promessa que era forte e bem marcada
A verdade, que era certa, fez-se nada
Toada sem viola, versos sem rima
Letra sem música de um cego na esquina
Violao sem cordas, música sem tom
Piano sem teclas, melodia sem som
Teve medo do abandono, e ele veio
De quem mais esperava, só um gesto derradeiro
O temor da perda se fez laço e nó
Na hora mais precisada, ficou só
Para o sonho, o real
Para o beijo, fel e sal
Para o tempo, a rua, a cidade,
Lembranças, lágrimas, saudade
E nos cacos das ilusoes rotas, queimou-se
Das chamas, fez súplicas e oraçao
E das cinzas restantes......morte e ressurreiçao!
Um dia, o dia parou
A luz virou trevas
A terra secou
As folhas caíram
O frio surgiu
O fiorellino murchou
Fez-se inverno, tudo dormiu
Fez-se fardo, tudo pesou
Fez-se dor, tudo tremeu
O andar, que era fácil, ficou triste
O olhar, que era calmo, se fechou
O sentir, que era puro, se turvou
O sorrir, que era simples, nao existe
A certeza, que era firme, virou sorte
A estrada...leste, oeste, sul ou norte
A promessa que era forte e bem marcada
A verdade, que era certa, fez-se nada
Toada sem viola, versos sem rima
Letra sem música de um cego na esquina
Violao sem cordas, música sem tom
Piano sem teclas, melodia sem som
Teve medo do abandono, e ele veio
De quem mais esperava, só um gesto derradeiro
O temor da perda se fez laço e nó
Na hora mais precisada, ficou só
Para o sonho, o real
Para o beijo, fel e sal
Para o tempo, a rua, a cidade,
Lembranças, lágrimas, saudade
E nos cacos das ilusoes rotas, queimou-se
Das chamas, fez súplicas e oraçao
E das cinzas restantes......morte e ressurreiçao!
Luciano Reis Porto
Um comentário:
Não terei o falso moralismo para negar que te invejo.
Invejo teus olhos que viram o que eu tanto gostaria de ter visto e desejo ver ainda em vida.
Invejo tua consciência que já teve acesso a um conhecimento significativo sobre a cultura mundial, já que estás aí, no berço da civilização ocidental.
Invejo tua concepção de contradição, tua opção pelo "pensamento marginal".
Invejo tua coragem e força que superaram todas as adversidades. Como diria Drummond: "a flor rompe o asfalto".
Invejo tua veia poética que te faz ainda mais especial do que já seria naturalmente...
Invejo.
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